Ele pode ser quentinho, frio, misturado com leite, bem amargo, adoçado ou não.
Independentemente da sua forma de preparo, o café está no topo das bebidas mais consumidas não só pelos brasileiros, mas no mundo todo.
E não é por acaso.
Segundo dados do Conselho Nacional de Café, cerca de 97% dos brasileiros com mais de 15 anos consomem café diariamente.
Ainda há quem diga que o consumo da bebida pode ser prejudicial e provocar danos à saúde, como arritmia, problemas gastrointestinais e insônia.
Mas muitos estudos recentes encontraram fortes associações entre a ingestão moderada e os efeitos protetores em várias partes do corpo.
Pesquisadores sugerem, inclusive, que algumas xícaras de café poderiam melhorar a função cardíaca.
Confira aqui alguns dos outros efeitos protetores da bebida para a saúde humana.
1. Maior expectativa de vida para pessoas com doença renal
Consumir mais cafeína pode ajudar a reduzir o risco de morte de pessoas com doença renal crônica.
As descobertas foram feitas depois da análise de 2.300 norte-americanos com doença renal crônica, observados ao longo de uma década.
“Nosso estudo mostrou um efeito protetor do consumo de cafeína entre os pacientes com doença renal crônica”, disse o autor principal da pesquisa, o médico Miguel Bigotte Vieira, observando como a redução na mortalidade estava presente, mesmo depois de considerar outros fatores.
“Esses resultados sugerem que aconselhar pacientes com doença renal a consumir mais cafeína pode reduzir a mortalidade.”
2. Menor risco de diabetes tipo 2
Estudos de longo prazo encontraram uma associação entre beber café e um menor risco de diabetes tipo 2.
A cafeína foi inicialmente especulada por ser a responsável por isso.
Mas esse efeito persistiu mesmo quando os indivíduos do estudo consumiram café descafeinado.
De acordo com as descobertas de um estudo de 2015 com ratos, o cafestol e o ácido cafeico podem impulsionar esse efeito protetor contra o diabetes.
Ambos os componentes, encontrados no café com ou sem cafeína, parecem aumentar a secreção de insulina.
3. Início tardio ou redução do risco de doença de Alzheimer
Os adultos mais velhos que bebem café são menos propensos a ver seu comprometimento cognitivo leve progredir para a demência.
“O consumo diário moderado de café com cafeína parece ser a melhor opção dietética para a proteção de longo prazo contra a perda de memória provocada pelo Alzheimer”, disse o doutor Gary Arendash, coautor de um estudo ligando altos níveis de cafeína a um início retardado da doença de Alzheimer.
A razão pode ser um impacto anti-inflamatório no cérebro, sugeriram especialistas médicos da Universidade de Illinois.
4. Diminuição da dor sentida durante a atividade física
“Beber café antes do exercício maximiza sua força durante a atividade, diminui a dor percebida durante o exercício e a dor muscular pós-exercício”, explicou o doutor Seth J. Marquit, diretor médico da Pritikin, do Centro de Longevidade em Miami, Flórida.
E não são apenas as pessoas que praticam exercícios que se beneficiam dessa proteção contra a dor.
Pesquisadores noruegueses observaram que trabalhadores de escritório que consumiam café relataram redução do desenvolvimento da dor em partes do corpo como pescoço e ombros, quando comparados com aqueles que não consumiam.
A dica para usufruir de todos os benefícios do café é não exagerar na dose diária da bebida.
A Food and Drug Administration FDA), órgão regulatório de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, classifica a cafeína como uma substância segura, que não implica riscos para a saúde, desde que consumida moderadamente.
O alerta da entidade é para não ultrapassar o limite de 150 ml a 200 ml de café ao dia (o equivalente a três ou quatro xícaras pequenas), distribuídos em três porções.