A recém-formada em Gestão de Negócios e Inovação da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Sebrae Taynara Alves desenvolveu uma solução líquida para lavar vegetais e frutas, que remove os agrotóxicos dos alimentos. A ideia foi modelada durante as aulas e apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Segundo a estudante, o diferencial do produto, batizado de “Puro e Bom”, é que ele permite uma limpeza profunda, capaz de remover até 85% dos metais pesados e substâncias químicas de agrotóxicos, que podem ser prejudiciais à saúde.

O produto venceu o concurso da aceleradora Start Ambev, do qual participaram 2.400 mil inscritos. Taynara ficou entre os 15 candidatos selecionados, recebeu um aporte de R$ 50 mil para investir no projeto e ganhou uma mentoria da aceleradora prevista para começar na segunda quinzena de novembro.

A empreendedora já participa do Vai Tech, programa de aceleração da Prefeitura de São Paulo que orienta os participantes sobre como viabilizar os projetos no mercado.

“A dificuldade que enfrentamos é concorrer com a mentalidade do brasileiro que confia muito nas soluções caseiras.

O uso do vinagre e bicarbonato de sódio está muito enraizado na nossa cultura, apesar de essas substâncias não eliminarem os compostos químicos”, afirma Alves.

Para a ex-aluna da Fatec, a jornada de pesquisa é contínua porque a cada novo agrotóxico lançado no mercado, o produto Puro e Bom passa por uma nova revisão técnica para continuar sendo eficaz na remoção de substâncias químicas.

A solução começou a ser vendida para pequenas e microempresas do segmento de alimentação saudável, como fabricantes de papinhas, refeições fitness, hortifrútis e alguns restaurantes, em embalagens de um litro que custam R$ 60.

Segundo a empreendedora, uma das vantagens é o custo benefício do produto, que tem um valor intermediário entre o alimento orgânico e o convencional.

O interesse pela Química

Para produzir o Puro e Bom, Taynara criou a startup InQuímica quando fez a graduação em Química na Universidade Federal do ABC.

O encanto pela área, no entanto, surgiu ao fazer o técnico de Química na Etec Getúlio Vargas.

O que mais a motivou na sua pesquisa foi o desafio de colocar a ciência a favor da sociedade. “Cansei de ver pesquisadores brilhantes fazendo trabalhos incríveis para colocar suas publicações em bibliotecas.

Falta uma visão de gestão e empreendedorismo capaz de levar as boas ideias ao mercado”, diz.

Determinada, ela tem planos para expandir seu negócio.

Depois de consolidar o Puro e Bom no mercado, seu próximo desafio é desenvolver um demaquilante capaz de fazer uma limpeza profunda na pele e remover os metais pesados presentes na maquiagem.

Por Agência SP Notícias

Fonte:  Redação CicloVivo

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